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Girafa motorista só existe na imaginação. O câncer infanto-juvenil existe de verdade. Fique atento aos sintomas. Diagnóstico precoce pode salvar.

08 de July de 2022

O câncer infantojuvenil é considerada a primeira causa de óbitos entre jovens de zero a 19 anos no Brasil. Em países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), as chances de sobrevida chegam a 85%, enquanto no território brasileiro este índice alcança a média de 60%, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Com a finalidade de conscientizar a população, além de autoridades municipais, estaduais e federais sobre a importância do diagnóstico precoce mediante a percepção dos principais sinais e sintomas, a Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC) lançou no dia 01/07, a campanha “O Câncer Infantojuvenil Existe de Verdade”.

Idealizada pela agência Love for Web Marketing Digital, de Caxias do Sul, a campanha de caráter nacional e com o apoio nas redes sociais do Voluntariado do Banco do Brasil, utiliza personagens do imaginário infantil para mostrar a realidade dura e silenciosa da doença. De forma lúdica, a girafa motorista, o elefante cor de rosa e a zebra voadora passeiam por cenários urbanos, misturando-se ao cotidiano de pessoas comuns na tentativa de romper o preconceito e a negação existentes em torno do câncer infantojuvenil. A mensagem de que “comigo ou com meus filhos isto não vai acontecer” estampa peças publicitárias para o mobiliário urbano (afixadas nas paradas de ônibus), outdoors, busdoors, anúncios em jornais e revistas, cartazes, spots e roteiros de vídeos para a mídia eletrônica. A linguagem clara e o apelo visual dos personagens da fantasia infantil fazem contraponto a situações absolutamente normais, chamando a atenção para a gravidade do principal tema: o câncer infantil não é imaginação da criança.

“Diferente do adulto, raramente são detectados, no paciente infantojuvenil, fatores externos que estejam vinculados ao surgimento da doença. A sua origem está, na maioria das vezes, em células responsáveis pela formação dos diversos tecidos da criança na vida intrauterina. Como essas células têm alto grau de replicação, o câncer proveniente delas costuma ser mais agressivo e de evolução rápida. Porém, também responde melhor ao tratamento quimioterápico convencional, tendo maior chance de cura”, adverte a médica especialista em Hematologia e Oncologia, Teresa Cristina Cardoso Fonseca, que também preside a CONIACC. Nestes casos, o diagnóstico precoce, tratamentos com protocolos controlados e direcionados a hospitais adequados permitem a chance de cura superior a 70%.  “Há uma falta generalizada de informações sobre os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil por parte dos pais, professores, escolas, profissionais e secretarias de saúde, unidades de atendimento e postos no Brasil. Não é justo que as chances de cura diminuam por falta de informação ou atendimento rápido em local especializado”, complementa Rocco Donadio, vice-presidente da CONIACC. A preocupação é legítima, uma vez que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima o surgimento de cerca de 403 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes, anualmente, e a cada três minutos uma criança morre vitimada pela doença. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer contabilizou 12,5 mil novos casos por ano, somente entre o biênio 2018-2019, e de acordo com estimativas, em torno de 3,8 mil crianças não conseguem sequer chegar ao tratamento, anualmente.  

Assista no: 
https://www.youtube.com/watch?v=gv_JdgqHp-4


Fonte: https://coniacc.org.br/

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